P | Foi longo o processo de transferência para o Sporting. Porque houve outros clubes que o tentaram, alguma vez pensou em ceder? Até se falou do Benfica…
R | Mantive a minha palavra. Sobre o Benfica, não faço comentários. A minha vontade era continuar em Alvalade, se não fosse possível ficar no Valência, claro. É evidente que alterei a minha vida de acordo com os meus interesses e isso passa por continuar no Sporting.
P | Com a sua postura intransigente junto do Valência, acredita que ainda é possível voltar, um dia, ao clube espanhol?
R | É uma questão do treinador, é uma questão técnica, só ele poderá dizer. Não ficando em Valência, via no Sporting – e só no Sporting – o meu futuro. Foi com base nesse pressuposto que dei a minha palavra aos seus dirigentes e já há alguns meses falávamos sobre isso. Mantive a minha palavra, até porque o Sporting sempre manifestou interesse na minha contratação. A minha postura junto do Valência tem sido correcta. Nem se tratava de o Valência ceder. O treinador não contava comigo e eu queria era jogar, tinha de procurar clube, e o Sporting foi onde me formei e joguei nos últimos meses. Por isso afirmei publicamente que queria continuar no Sporting. As negociações tiveram início há três meses ou mais. Intensificaram-se nas últimas três semanas e só pormenores de engenharia financeira que me ultrapassam atrasaram o desfecho.
“Encontrei um clube bastante diferente”
P | Que importância teve para si regressar a Alvalade a meio da temporada passada?
R | Permitiu-me ter continuidade futebolística, que é o que me dá mais alegria. Também foi importante regressar ao clube onde me formei, não fiquei indiferente a esse facto.
P | Mas, sabendo-se que tinha saído do Sporting numa situação de litígio, esperava voltar pela porta grande?
R | É evidente que sim. Foram questões passageiras e já estão ultrapassadas. A instituição do Sporting não foi englobada, a questão era relacionada com as pessoas que estavam no clube naquela altura. Mais tarde os próprios dirigentes viram que essas pessoas se conectaram com outras que neste momento não se identificam com o Sporting. Por isso não houve problema em voltar.
R | Sim, encontrei um clube bastante diferente, para melhor. Hoje em dia o estádio novo e a Academia dão-nos condições fabulosas para trabalhar, aproveitando-se melhor os talentos da formação. A evolução da estrutura em termos de organização e quadros técnicos foi paralela. Ainda bem que as pessoas evoluíram bastante e estão a progredir ainda mais. A evolução tem sido sempre positiva e com grande grau de profissionalismo.
Bem vindo Caneira e que faças uma grande época!!!
PS: esta entrevista pode ser vista no jornal "o jogo" de hoje .
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