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sexta-feira, junho 05, 2009

Mensagem de Paulo Cristóvão aos Sportinguistas

A forma como este processo eleitoral que agora finda foi coberto pelos mais diversos órgãos de comunicação social e a história recente do nosso Clube causaram-nos as mais diversas sensações ao longo do último mês.Ilustremos o que nos vai na alma com o seguinte:

Está o Leão, Senhor da Selva, descansadamente a meio da tarde à sombra de uma árvore em plena savana africana. Aquela é a sua árvore. Costuma ali descansar e apanhar uma leve aragem que lhe penteia a juba orgulhosa. É assim desde que começou a liderar o seu grupo. É o seu território. É a sua árvore e do seu grupo. Ponto final. Eis que de mansinho (porque é assim que inicialmente os covardes atacam) um grupo de hienas rodeia o Leão com os seus guinchos, os olhares de soslaio e dorsos semi-curvados. Querem-no fora daquela árvore. Querem a árvore para elas. Querem a sombra do leão nem que para isso tenham que o matar mas querem aquela árvore e aquela sombra porque a savana já quase que não tem árvores. O leão ergue-se, finca as quatro patas no chão e ruge. As hienas apertam o cerco e o leão sabe que sozinho não consegue defender todos os flancos pelos quais uma delas o poderá ferir. A árvore é difícil de ser defendida e o leão desdobra-se em investidas para manter o que é seu. Elas têm paciência e são manhosas. Sabem que o leão sozinho terá que se cansar e aí fugirá ou será morto. Para o leão fugir não é nem nunca foi opção. Desde bebé que a sua mãe lhe ensinara que o leão é o Rei e Rei não foge. Impõe-se e luta. Defende o que é seu. Ele sabe que acabará por morrer a defender a sua árvore, a sua sombra, mas acabará por morrer com a Dignidade de um Leão. Por outro lado sabe que se o seu grupo ouvir os seus rugidos de defesa da árvore que também é deles, virá em seu auxílio e dizimarão todas as hienas que querem tomar o que é seu. Dos Leões.

Neste momento existe um Leão que está cercado por um grupo de hienas tentando tomar-lhe a árvore que é dele e de todos os Leões. Ele não defende o que é seu mas sim o que é de sucessivas gerações de leões. Se ele tiver que morrer para defender o que é de todos os leões e assim morrer com a dignidade própria da raça, fa-lo-á sem qualquer hesitação. Têm a palavra todos os outros leões.

Paulo Cristovão

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